Foto: Montagem AutoPapo | Ernani Abrahão
Conheça a origem, o funcionamento, a diferença do sistema em relação à direção mecânica e os sinais de problemas relacionados
Atualmente, quase todos os automóveis que saem de fábrica vêm equipados com direção hidráulica, o que contribui diretamente com o cotidiano dos motoristas. Mas como esse sistema surgiu e qual a diferença em relação à direção mecânica?
Nos veículos munidos por direção mecânica é preciso que o motorista movimente as rodas através do volante, ou seja, as manobras são feitas com a própria força física. Por essa razão, os primeiros registros de patentes de direção hidráulica surgiram em meados de 1900, logo após a invenção do automóvel. No entanto, o peso exacerbado dos veículos e a alta quantidade de componentes tornavam o sistema inviável. Até que, nos anos 1920, o engenheiro da fabricante de automóveis e caminhões Pierce Arrow, Francis Davis, desenvolveu um projeto que surtiu o efeito esperado: manobrar leve e confortavelmente de modo efetivo. Davis, portanto, pode ser considerado o “pai” da direção hidráulica. No Brasil, o primeiro carro a contar com tal recurso foi um Ford Galaxie, de 1967.
A grande maioria dos veículos com direção hidráulica que chegam até a Pajé possuem o sistema de direção de cremalheira e pinhão. Chamamos de “cremalheira” a barra de metal entalhada entre as rodas dianteiras, e de “pinhão” a pequena engrenagem dentada que se encaixa na cremalheira. Em suma, quando o volante é girado, gira também a engrenagem do pinhão, que automaticamente transfere para cremalheira. Dessa forma se concretiza a magia de virar à direita ou à esquerda.
A direção hidráulica chega a reduzir o esforço do motorista em até 80%. É a lubrificação, realizada pelo fluído hidráulico, que faz com que a direção fique mais leve que uma direção mecânica. Uma bomba hidráulica, alimentada pelo movimento de uma correia interligada ao motor, faz o fluido do sistema circular. No momento em que o motorista gira o volante, o fluido sob pressão atua no mecanismo de direção, reduzindo a força a ser empregada.
Aliás, é fundamental que se mantenha sempre o nível do fluído hidráulico na marcação recomendada. Para você ter uma ideia do quanto esse fator é relevante, saiba que não são poucos os casos de problemas que podem ser evitados com a simples avaliação visual da direção hidráulica.
Portanto, a direção hidráulica não está imune a defeitos, seja por desgaste natural, por mau uso do motorista ou, até mesmo, inconformidades oriundas de fábrica. Por essa razão, é essencial estar atento a possíveis problemas, a fim de não gerar acidentes e/ou prejuízos desnecessários. Seguem abaixo alguns sinais de mau funcionamento da direção hidráulica:
1. Vazamentos;
2. Trepidação ao girar o volante;
3. Volante duro ao girar;
4. Barulho oriundo da manobra de girar o volante (os mais comuns são estalos);
5. Folgas na direção.
Atenção: a manutenção preventiva da direção hidráulica, bem como ajustes e consertos devem ser feitos somente por especialistas! Procure uma loja Pajé mais próxima de você!